sexta-feira, 27 de maio de 2011

Jair Gomes, o homem mais forte do Brasil, pode pintar no Vila Velha Tritões

Jair Gomes ficou famoso há uma década como atração global. Levantava carros e arrastava caminhões de até 30 toneladas. No currículo ainda, três títulos de o "homem mais forte do Brasil e da América do Sul". Um cara forte, com potencial midiático e que há seis anos mora no Espírito Santo. Pronto. Virou o sonho de consumo do Vila Velha Tritões.

time canela-verde começa a lutar pelo bicampeonato brasileiro de futebol americano em 2 de julho. Estreia no Torneio Touchdown em casa, contra o Botafogo Mamutes (RJ). E quer porque quer ter Jair Gomes em suas fileiras. Para se fechar o acordo, falta grana, mas Jair já entra no clima.

"Se os Tritões conseguirem um patrocínio para mim, será um prazer. São os atuais campeões brasileiros e têm condições de conseguir. Se eu for contratado para jogar, vou quebrar no meio o Alexandre Frota (ator que jogou pelo Corinthians Steamroller, de São Paulo, em 2010). Vou atropelar", atiça Jair, que é conhecido de Frota.

Preparador físico e representante de marcas de suplementos, Jair Gomes prepara atualmente o técnico e quarterback (armador/lançador) dos Tritões, Bruno Araújo. As conversas estão avançadas, mas Jair só vai vestir a camisa do time com as garantias financeiras.

"O problema é que os outros times iriam entrar mirando o 'homem mais forte do Brasil'. Meu risco seria grande. Já tenho 35 anos. Preciso de algo concreto. Não posso arriscar meus trabalhos atuais sem um retorno. O mais provável é que eu faça a preparação física do time. E pode saber que iria transformar os caras em máquinas, botá-los para levantar pedra e puxar caminhão", diz Jair Gomes.

Experiência jogando futebol americano Jair não tem, mas não vê problema nisso. "Fui muito aos Estados Unidos. Conheço o jogo. E minha função seria como jogador da linha de defesa. Entraria basicamente para proteger o quarterback. Ainda estamos negociando. Quem sabe". Melhor os adversários torcerem para não dar certo...

Desafios
A sessão de fotos para a matéria é um show à parte. O local escolhido: a rua ao lado da Ponte da Passagem, em Vitória. Jair Gomes posa para as lentes do fotógrafo Ricardo Medeiros erguendo uma "pedrinha" de 80 quilos. Nada demais, é só para fazer a foto. Mas os poucos operários em volta observam a cena com curiosidade, talvez pensando: "Bem que ele poderia nos ajudar por aqui!".

Assista ao making off do levantamento de carro

Um dos homens, manobrando um trator, faz o que poucos teriam coragem. Ele desafia Jair: "Quero ver você levantar essa aqui, ó!", provoca, apontando para um pedregulho enorme e de peso incauculável. Jair sorri e emenda: "Quer apostar? Hein? Mas se eu levantar você me dá o seu salário". O operário prefere não arriscar e apenas ri de volta.

Jair Gomes não se aguenta. Está aí algo mais forte que ele: sua vontade de levantar um carro. O carro em questão tem "só 800 quilos", como diz o mesmo Jair. Para se aquecer, ele resolve levantar e carregar nos ombros Willians Santos, lutador capixaba de MMA que Jair prepara fisicamente e que, no momento, está com 100 quilos.

Chega a vez do carro. Um suporte prende as duas rodas dianteiras do veículo. Moleza para Jair, que se encarrega de tirar as outras duas do asfalto. Uma família passando de carro estaciona. Antes de pôr o carro no chão, Jair Gomes cobra aplausos da "plateia" imporvisada. Não faltam palmas.

Mas para Jair a coisa toda ainda pode ter mais graça. Willians sobe no suporte que está sob o carro. Jair levanta ele e o carro. Pede mais um homem. Agora, são dois. Jair dá conta. "Mais alguém?", pergunta. E lá vai o repórter. E ainda assim ele tira o carro do chão. "Se quiserem, também posso sorrir, conversar com vocês...", sugere. Quem duvida?

Mini-entrevista

A GAZETA: Como surgiu a chance na televisão?
Em 2000, o pessoal da TV Globo em Londres descobriu que eu estava competindo por lá. Passaram para a Globo, no Rio de Janeiro. Acharam curioso, viram que eu tinha desenvoltura com as câmeras. Gravamos uns quatro pilotos e fechamos por oito meses. Foi uma atração legal, na época. Até hoje me reconhecem como o "homem mais forte do Brasil". Não que eu me ache mais, mas fica o rótulo

Quando você se mudou para Vitória? E por quê?
Sou carioca, mas moro aqui há seis anos já. A qualidade de vida de Vitória é muito melhor que no Rio de Janeiro ou mesmo em São Paulo, onde eu vivia indo. Não tem nem comparação. Hoje quando vou lá ou ao Rio chego a me sentir estressado

Não seria muito difícil se adaptar aos Tritões?
A possibilidade mais viável é eu integrar a comissão técnica. Sou preparador físico. Mas o esporte em geral sempre esteve dentro de mim. Nunca joguei futebol americano, mas já fui aos Estados Unidos muitas vezes. Já vi partidas. E eu faria uma função de defesa, muito menos complexa que a de um quarterback, por exemplo.


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